Nascemos sob o signo da dualidade e tal característica em nossas existências nos (im)põe, em vários momentos de nossas vidas, um dilema(?): seguir com nossos projetos, mesmo que eles nos pareçam ultrapassados e/ou inexequíveis ou repensar nossas metas, estratégias e até mesmo a totalidade de nosso estar neste planeta? Para muitas pessoas isso pode apresentar-se como mera "perda de tempo", pois se consideram donas de seus destinos. Talvez isso seja verdade. Mas para muitas outras, isto pode significar o vórtice de todo um enredo que será alterado em sua essência. Explico.
Já ouvimos várias vezes que "não é fácil viver". De fato, e como em outras oportunidades já me manifestei, a posição que ocupamos (status social, atividade profissional, condições pessoais - emocionais, psicológicas, entre outras) é fruto de grande esforço acumulado, cujo resultado mais evidente se dá no momento em que fazemos ponderações ou comparações entre a anterior, atual e futura condição. Ocorre que ao longo dessa jornada, muita energia efetivamente é gasta e, em muitos casos, nos perguntamos se "valeu a pena". É muito comum ouvir lamentos sobre esta ou aquela atitude, a qual é percebida como "em vão".
Talvez, muito dessa melancolia deite raízes na perspectiva diante da Vida, em seu sentindo mais profundo. Como colocado no início, não há como negarmos o fato de que nascemos para empreender uma jornada diária. Só que tal caminho simplesmente não tem um "fim", ao menos não um fim determinado pela morte orgânica ou fisiológica. Tal dimensionamento faz uma grande diferença. Isto porque se formos encarar todo o processo pelo qual toda criatura faz como mero começo/meio/fim, de fato pode parecer que o "estar aqui" faz parte de um esquema previsível ou, em última instância, absolutamente determinável/determinado.
Siga em frente....com os pés no chão.....a mente livre e o coração leve....
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