sábado, 10 de agosto de 2013

E um começo...para o retorno....


Somos etern@s peregrin@s numa senda, cujo destino, sinceramente, nunca me pareceu ser “encontrar Deus” (ou “Deusa” ou “Energia Primordial” ou a denominação que se queira dar)[1]. O sentido do atual (ou qualquer outro) renascimento, segundo entendo, é o desenvolvimento e realização plena da sabedoria, da compaixão e amor universais, da paz interior e da felicidade. Até que se isso se torne uma absoluta e inexorável constante na vida de cada pessoa/criatura, temos um processo a completar: autoconhecimento. A dúvida fica em se perceber, melhor dizendo, profundamente compreender como fazer isso.
Várias respostas poderiam ser fornecidas. Aliás, poderia até dizer que há sete bilhões de alternativas ou soluções, uma para cada ser humano. E, até certo ponto, isso é verdadeiro. Por outro lado talvez isso não tivesse um caráter tão prático assim, visto que se cada um/uma seguisse apenas os próprios desejos e/ou intuições, sequer teríamos formado um senso de coletividade ou solidariedade. Esse foi um dos motivos pelos quais grandes Mestres, muito antes de Urantia[2] formar-se materialmente, transmitiram conhecimentos a várias ordens de seres (incluindo @s human@s), a fim de que possam trilhar a senda, no sentido de uma perfeição.
E não há escapatória: viemos para esta (ou qualquer outra) vida para superar e eliminar o sofrimento, visto que tal é a característica da própria existência. Quem ainda não percebeu nossa condição de seres totalmente falíveis, dependentes e, principalmente, que padecem das constantes da realidade fenomênica[3], sequer constatou que tais elementos permeiam e integram um conjunto muitíssimo mais amplo do que as preocupações diárias, como pagar contas, possuir bens ou o que o valha. Estas últimas, aliás, são fortíssimas aliadas de tod@s aqueles/as que, apesar de desenvolverem consciência da ilusão na qual nos inserimos, contribuem diretamente para que, se possível, tod@s se mantenham infinitamente no ciclo samsárico[4].
Quem lhe diz que é feliz (somente) porque possui uma bela casa, um bom emprego, status social e/ou político ou qualquer outra forma de domínio, é um/um forte condidat@, ao final desta encarnação, a passar por enorme sofrimento, levando-o consigo para as próximas vidas. Isso porque, e isso deve ser dito, não passamos por todas as formas de provação meramente para ter, mas para sermos, para realizarmos todas as potencialidades INTERIORES. Ao desencarnarmos, não levaremos nada para outras realidades, a não ser o que fizemos ao longo de infinitas experiências: o que sentimos, o que dissemos, o que pensamos. Tais aspectos, sim, farão total diferença.
Sendo assim, estabeleça um acordo com Você: faça (ou no mínimo tente fazer) apenas o bem, pense apenas em positividade, sinta apenas compaixão e amor por tudo e por tod@s, fale apenas o que é útil ou construtivo. E isso é apenas o começo...Sejam felizes...


[1] Com todo o respeito a qualquer tradição espiritual, até porque eu também faço parte de comunidades com suas crenças, liturgias e práticas peculiares.
[2] Nome esotérico do Planeta Terra.
[3] A saber: nascimento, dor, velhice, doença, morte, entre tantos outros.
[4] Samsara, para algumas tradições, é o eterno ciclo de renascimentos no qual, caso dele não desenvolvamos total conhecimento para sobrepujar, estamos submetidos.

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