Somos etern@s
peregrin@s numa senda, cujo destino, sinceramente, nunca me pareceu ser “encontrar
Deus” (ou “Deusa” ou “Energia Primordial” ou a denominação que se queira dar)[1]. O
sentido do atual (ou qualquer outro) renascimento, segundo entendo, é o
desenvolvimento e realização plena
da sabedoria, da compaixão e amor universais, da paz interior e da felicidade.
Até que se isso se torne uma absoluta e inexorável constante na vida de cada
pessoa/criatura, temos um processo a completar: autoconhecimento. A dúvida fica em se perceber, melhor dizendo,
profundamente compreender como
fazer isso.
Várias respostas
poderiam ser fornecidas. Aliás, poderia até dizer que há sete bilhões de
alternativas ou soluções, uma para cada ser humano. E, até certo ponto, isso é
verdadeiro. Por outro lado talvez isso não tivesse um caráter tão prático
assim, visto que se cada um/uma seguisse apenas os próprios desejos e/ou
intuições, sequer teríamos formado um senso de coletividade ou solidariedade.
Esse foi um dos motivos pelos quais grandes Mestres, muito antes de Urantia[2]
formar-se materialmente, transmitiram conhecimentos a várias ordens de seres
(incluindo @s human@s), a fim de que possam trilhar a senda, no sentido de uma perfeição.
E não há escapatória:
viemos para esta (ou qualquer outra) vida para superar e eliminar o sofrimento, visto que tal é a
característica da própria existência. Quem ainda não percebeu nossa condição de
seres totalmente falíveis,
dependentes e, principalmente, que padecem das constantes da realidade
fenomênica[3],
sequer constatou que tais elementos permeiam e integram um conjunto muitíssimo
mais amplo do que as preocupações diárias, como pagar contas, possuir bens ou o
que o valha. Estas últimas, aliás, são fortíssimas aliadas de tod@s aqueles/as
que, apesar de desenvolverem consciência da ilusão na qual nos inserimos,
contribuem diretamente para que, se possível, tod@s se mantenham infinitamente
no ciclo samsárico[4].
Quem lhe diz que é
feliz (somente) porque possui
uma bela casa, um bom emprego, status
social e/ou político ou qualquer outra forma de domínio, é um/um forte condidat@,
ao final desta encarnação, a passar por enorme sofrimento, levando-o consigo
para as próximas vidas. Isso porque, e isso deve ser dito, não passamos por
todas as formas de provação meramente para ter, mas para sermos, para realizarmos todas as potencialidades INTERIORES.
Ao desencarnarmos, não levaremos nada para outras realidades, a não ser o que
fizemos ao longo de infinitas experiências: o que sentimos, o que dissemos, o
que pensamos. Tais aspectos, sim, farão total diferença.
Sendo assim, estabeleça um
acordo com Você: faça (ou no mínimo tente fazer) apenas o bem, pense apenas em
positividade, sinta apenas compaixão
e amor por tudo e por tod@s, fale apenas
o que é útil ou construtivo. E isso é apenas o começo...Sejam felizes...
[1] Com todo o respeito a qualquer
tradição espiritual, até porque eu
também faço parte de comunidades com suas crenças, liturgias e práticas
peculiares.
[2] Nome esotérico do Planeta Terra.
[3] A saber: nascimento, dor, velhice,
doença, morte, entre tantos outros.
[4] Samsara,
para algumas tradições, é o eterno ciclo de renascimentos no qual, caso dele não
desenvolvamos total conhecimento para sobrepujar, estamos submetidos.
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