domingo, 12 de agosto de 2012

O sermão do Buda sobre a verdadeira bênção




O SERMÃO DO BUDA SOBRE A VERDADEIRA BÊNÇÃO


Assim me foi dado ouvir. Num certo dia, demorava-se o Abençoado em Sravasti, no Mosteiro de Jetavana, no Jardim de Anathapindhaka. E, quando a noite estava já adiantada, um radiante ser celestial, iluminando todo o Jetavana, aproximou-se do Abençoado, saudou-O e, pondo-se de lado e assim permanecendo, dirigiu-se a Ele com estas palavras: “Muitos deuses e homens, na aspiração do bem, sustentaram coisas diversas como sendo bênçãos; declarai Vós, qual é a verdadeira Bênção?”

“Servir aos homens sábios em vez de servir aos tolos, honrar a quem é devido; esta é a verdadeira bênção.
Habitar uma terra agradável, ter feito obras virtuosas numa existência anterior, ter um coração cheio de desejos certos; esta é a verdadeira bênção.
Muita sabedoria e ciência, a disciplina de uma mente bem treinada e a fala correta; esta é a verdadeira bênção.
Servir pai e mãe, tratar com carinho a mulher e o filho; seguir uma vocação pacífica; esta é a verdadeira bênção.
Dar esmolas, viver com devoção, proteger os parentes, obrar com inocência; esta é a verdadeira bênção.
Cessar de fazer o mal, abster-se de bebidas fortes, perseverar na conduta certa; esta é a verdadeira bênção.
Reverência e humildade, contentamento e gratidão, ouvir a Lei da Probidade nas devidas estações; esta é a verdadeira bênção.
Uma fala paciente e agradável; associar-se aos homens santos; sustentar discursos religiosos nos momentos apropriados; esta é a verdadeira bênção.
Penitência e castidade, discernimento das Quatro Nobres Verdades e a realização da paz; esta é a verdadeira bênção.
Uma mente inabalável às vicissitudes desta vida, inacessível à dor, desapaixonada, segura; esta é a verdadeira bênção.
Os que observam estas coisas são invencíveis em todas as partes, em todos os lugares eles andam em segurança; sim, deles é a verdadeira bênção.”

Mangala Sutra

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