sábado, 6 de agosto de 2011

Olhar para tudo e para si... deixar tudo e nada...



Começo hoje com o trecho de uma canção de uma banda conhecida: “and love is not the easy thing. Is the only baggage that you can bring. Love is not the easy thing, the only baggage you can bring, is all that you can’t leave behind” (numa tradução livre: e o amor não é uma coisa fácil. É a única bagagem que você traz. O amor não é uma coisa fácil, a única bagagem que você traz, é tudo o que você não pode deixar para trás)

Fico refletindo um pouco sobre a vida, pois sou do tipo de pessoa que talvez tenha feito isso demais. Ou seja, sou do tipo de pessoas que adora “desperdiçar” o tempo com coisas aparentemente “inúteis”, para alguns, como escrever este texto, por exemplo. Gosto de escutar os ecos dentro de mim, pois eles também me dizem sobre meus abismos e elevações. Falei disso tudo porque o simples fato de estarmos vivos já nos conduz inevitavelmente ã constatação de que todos os dias temos que fazer escolhas.

Sempre nos perguntamos se são “certas” ou “erradas”. A grande questão é que o valor que damos entre duas (ou mais) opções também está associado ao que o letrista da canção, segundo entendo, quis dizer, ou seja, o exercício de nossas preferências está intimamente relacionado com um histórico daquilo que fomos fazendo ao longo de nossa trajetória. Dito de outra forma: o que deixamos para trás e o que vislumbramos à frente é fruto do que somos neste exato momento. Explico.

Não adianta querermos prever o futuro ou explicar o passado se aquilo que mais importa, segundo entendo, o presente, não é algo que você não sinta (vivencie) em sua plenitude. Quantas pessoas passam intermináveis horas lamentando-se do que fizeram (ou deixaram de fazer) ou, por outro lado, ficam temerosas pelo porvir. Pelo menos uma vez na vida passamos por esse tipo de experiência. Num excelente trabalho intitulado “O mito do eterno retorno”, Mircea Eliade, entre outras questões aborda a noção do tempo para os grupos religiosos e não religiosos.

Para o Mestre romeno, o tempo homogêneo e heterogêneo (ou seja, linear e cíclico) é uma das formas de percepção cósmica e da própria história e, amplio, também são formas de percepção da própria vida, e é isso o que nos interessa. Se no contexto das infinitas experiências que temos ao longo das eras (porque tenho um pressuposto reencarnacionista) ainda não desenvolvemos a plenitude da consciência do que fomos, o que somos e o que seremos, porque sofremos tanto com tudo isso?

Se isso tudo é um problema ou não de reificar o próprio processo da vida, sinceramente não me preocupo. Volto ao início do texto. Há certas coisas que em si mesmas dispensam qualquer juízo de valor. Simplesmente são por si, independente de uma suposta autoridade classificatória ou avaliativa. Uma delas, sem dúvida, é o que Bono Vox muito bem colocou: o Amor. Amor... Qual o seu significado? Isso simplesmente não interessa. Ame, apenas. Ame com TOTAL intensidade. Ame ágapemente (não procure essa palavra no dicionário...rsrs....)

Afinal de contas, o que queremos deixar para trás e o que vamos deixar lá na frente? Isso importa?

Seja Amor...

Tulio












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